O ano do São Paulo pode ser dividido entre antes e depois da chegada de Muricy Ramalho.
De um time desacreditado que virou motivo de piada e era frequentador da zona do rebaixamento no Brasileirão, transformou-se no paulista mais bem colocado do torneio e candidato à vaga na Libertadores — via nacional ou Sul-Americana.
Tal recuperação está diretamente ligada a Muricy. Com ele, quase que milagrosamente, o Tricolor reencontrou o caminho das vitórias. A equipe que chegou a ficar 12 duelos sem ganhar, agora está há dez jogos invicta.
“Também não dava para ficar pior, né (risos)? Não sou nenhum menino para me entusiasmar. É claro que foi uma reviravolta. Seria muito louco de dizer que imaginava isso. Essas coisas de treinador que está começando, de dizer que ‘sou fera mesmo, cheguei e mudei tudo’. Não é isso. O time que comprou a ideia”, disse Muricy.
Canonizado
Na lista de milagres do técnico está a recuperação de Ganso. Quase sempre no banco de reservas no primeiro semestre, hoje é um dos destaques do time, classificado para a semifinal da Sul-Americana.
E os feitos não param por aí. Aloísio virou ídolo, Ademilson ganhou espaço no ataque, Maicon, no meio de campo e Rodrigo Caio se firmou na zaga.
Muitas coisas fizeram com que o trabalho de Muricy desse certo.
Até pequenos detalhes, como a substituição dos tradicionais rachões por partidas de futevôlei, contribuíram. Outro ponto que contou a favor foi o bom relacionamento com os jogadores.
“O Muricy me dá confiança. Fala para eu partir para cima, sem responsabilidade. Isso me ajuda muito”, disse Ademilson.
Além disso, o treinador conta com o apoio da torcida, que o idolatra por causa do tricampeonato brasileiro (2006 a 2008).
“O Muricy conhece muito bem o clube e também teve a dedicação de todos. Mas a torcida foi o principal. Ela comprou a ideia”, comentou Rogério Ceni.
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