terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ânimo de Ceni faz São Paulo acreditar em aposentadoria só em 2014

Até os últimos dias, eram poucos aqueles que, entre dirigentes, membros da comissão técnica e funcionários do São Paulo, arriscavam-se a fazer qualquer previsão mais incisiva sobre o futuro do goleiro e capitão Rogério Ceni.
Quem não estava indeciso votou até a última semana na aposentadoria do capitão no fim deste ano. Agora, no entanto, há mais otimismo. Quem estava indeciso vota na permanência em 2014, e quem fez o palpite da aposentadoria agora se diz indeciso. O motivo é o ânimo apresentado pelo goleiro após os últimos jogos.
Quem está mais próximo de Ceni relata que o goleiro está feliz, diferentemente do que acontecia até alguns meses.
A partir da chegada de Muricy Ramalho, o São Paulo se recuperou da pior crise que viveu em quase 78 anos de história e hoje está livre do risco de rebaixamento – antes, com Paulo Autuori, o time ficou quase dois meses na zona da degola e teve boas chances de cair à Série B até nova troca de treinador. Ceni, então, viu motivos para continuar.
O goleiro ficou preocupado – antes da recuperação no Brasileiro– de encerrar a vitoriosa carreira exatamente no ano em que o São Paulo acumulou os maiores fracassos desde que ele começou a jogar. Agora, com a ótima fase, teria a chance de marcar a aposentadoria com a recuperação. Mas o ânimo do capitão neste momento faz com que, internamente, diferentes setores do clube imaginem que o goleiro adiará a parada.
O argumento de quem agora imagina Rogério Ceni ainda com a camisa 01 em 2014 é a preocupação do goleiro em relação ao ano que vem. Quem o acompanha diz que, apesar de Ceni falar o contrário, ele está motivado com a possibilidade de jogar a Copa Libertadores do ano que vem sob o comando de Muricy Ramalho.
Nesta segunda-feira, antes do embarque para a Colômbia, Ceni disse no Aeroporto Internacional de Guarulhos que a possibilidade de participar da Libertadores “não muda em nada” a decisão sobre a carreira no fim do ano.
Os relatos de dentro do clube, no entanto, dizem o contrário. O São Paulo tem esperança de conseguir a vaga para a competição por meio do título da Copa Sul-Americana, ou até mesmo via Brasileirão, pelo qual ainda tem chance.
Rogério Ceni já foi mais enfático ao falar sobre a aposentadoria. O discurso de que a decisão está tomada há meses e não mudará não foi mais repetido depois da recuperação com Muricy no campeonato nacional. Hoje em dia, Ceni se esquiva com mais frequência e habilidade das questões sobre aposentadoria.
No último sábado, após a vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa, no Morumbi, alguns torcedores esperaram Ceni até as 23h30 no saguão de saída do estádio, para pedir autógrafos e tirar fotos. Já havia passado três horas do fim da partida, Ceni havia dado longas entrevista e, quando saiu, assinou apenas uma camisa, disse que estava “superatrasado” e deixou o local.
Se o São Paulo for eliminado na Sul-Americana e não conseguir reverter a decisão o STJD após a punição com quatro jogos de perda de mando no Morumbi, Ceni fez no sábado sua última partida oficial no Morumbi – caso decida se aposentar no fim do ano. Assim, ele teria recusado fãs pela última vez com o argumento de que estava atrasado.
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