segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Agora no Ceará, ‘ex-xodó’ de Juvenal defende Muricy e projeta retorno

Destaque do Super-20 (categoria entre a base e o profissional) do São Paulo em 2011, Rafinha começa a seguir seus próprios passos longe do Morumbi.
Após ser testado no time principal do Tricolor no ano passado, o atacante de 23 anos, “queridinho” de Juvenal Juvêncio durante sua ascensão na equipe paulista, soma seu segundo empréstimo em menos de um ano.
Agora no Ceará, o jovem de 23 anos comenta sobre sua rápida atuação no clube do Morumbi, defende o novo técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, e projeta um retorno ao time pelo qual foi revelado.
Rafinha foi um dos principais jogadores das categorias de base do São Paulo entre 2006 e 2009, período no qual Muricy Ramalho permeneceu no comando da equipe principal. Porém, só começou a ganhar espaço no time de cima em 2012, quando Emerson Leão já era o comandante.
O jovem ficou conhecido por ser constantemente elogiado pelo presidente do clube, Juvenal Juvêncio, que via a sua ascensão como uma ótima oportunidade de calar os críticos.
Neste período, o mandatário comaçava a ser cobrado por não estimular as categorias inferiores. Assim, Rafinha subiu ao time principal, atuou por oito partidas (saindo do banco de reservas em sete, e iniciando como titular em uma), mas não conseguiu emendar grande sequência e acabou emprestado ao Guarani, para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano.
“Não tive sequência de jogos. Aí fica difícil para qualquer jogador. Mas eu entrei em alguns jogos e acho que fui bem”, explicou Rafinha, em contato telefônico com a GE.Net. Nos oito jogos em que esteve em campo (três pelo Campeonato Paulista, um pela Copa do Brasil e quatro pelo Campeonato Brasileiro), o atacante não fez nenhum gol e acabou preterido por outros jogadores do setor ofensivo, como Lucas, Osvaldo, Fernandinho e Ademílson.
“Foi opção do treinador; Existiam jogadores na minha frente e eu não tive mais oportunidade. Mas isto é normal”, completou o atleta, que, discreto, defendeu o Bugre na segunda metade da Série B de 2012, participando do rebaixamento alviverde à terceira divisão nacional.
De volta ao São Paulo no primeiro semestre deste ano, ele novamente não encontrou espaço na equipe principal (desta vez com Ney Franco) e passou a treinar em separado, trabalhando com a equipe Sub-23. Presenciou, então, uma das maiores crises da história do Tricolor, atualmente na 16ª colocação do Campeonato Brasileiro (a apenas uma da zona do rebaixamento).
“Eu não estava treinando com o time profissional, mas está claro que o time não está encaixando, é visível para todo mundo”, avaliou Rafinha, que viu Ney Franco dar lugar a Paulo Autuori, e este último ser substituído por Muricy Ramalho à frente do banco de reservas.
O técnico responsável pelos últimos três títulos brasileiros do São Paulo, aliás, é visto com bons olhos pelo atacante.
“Eu tenho certeza que, com o Muricy Ramalho, o time vai conseguir se reerguer e seguir um novo rumo no Campeonato Brasileiro”, apostou o jovem, que seguiu elogiando o novo comandante tricolor.
Para Rafinha, as acusações de que o treinador não dá espaço para os jogadores da base são falsas, uma vez que ele próprio teve algumas chances de treinar na equipe principal em 2007 e 2008.
“O Muricy dá bastante oportunidade para a base, sim. Na época, eu era mais novo, tinha 16, 17 anos e ele já havia me dado algumas chances de trabalhar no time de cima. Então, não tem nada a ver essa história de que ele não sobe os jogadores de Cotia”, afirmou, referindo-se ao Centro de Treinamentos destinado às categorias de base do Tricolor.
Agora no Ceará, clube que ocupa posição mediana na tabela de classificação da Série B do Campeonato Brasileiro, Rafinha entende as dificuldades, mas projeta algum dia voltar ao clube no qual foi criado e apresentar o futebol que dele sempre se esperou.
“Eu tenho contrato com o São Paulo e minha meta é voltar algum dia. Eu estive no clube por muito tempo, fui criado lá, então eu ainda pretendo retornar e mostrar o meu valor”, encerrou o jovem, que ficará no Vovô pelo menos até primeiro trimestre de 2014.
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